Somos uma Associação Cultural privada, sem fins lucrativos que
procura harmonizar os interesses de
caçadores e de não caçadores, tendo como grande objetivo a
dignificação, a divulgação e promoção da
atividade cinegética e das espécies cinegéticas quer no seu estado
de liberdade natural, quer na vertente
gastronómica, em estreita ligação com as normas de proteção
ambientais.
"O convívio com os outros e o contacto com a Natureza, mesmo com
os animais,
apura-nos a sensibilidade e incute-nos o respeito, por mais que isso custe a
perceber
a muita gente.
Num passado próximo ou longínquo, todos os nossos antepassados
foram caçadores
e desenvolveram códigos de conduta que a caça cultiva e transmite…
Caçar é procurar…"
"O Homem leva a vida a procurar, muitas vezes sem saber bem o quê…"
(João Palma- in Jornal de Notícias).
Sem caça não há caçadores
e sem caçadores, promotores de uma actividade ordenada
na Natureza, poderíamos afirmar que muitos dos espécimes da fauna
existente,
já teriam desaparecido.
Se hoje assistimos a uma expansão do número de abutres do Egipto,
da águia de Bonnélli,
de grifos ,etc isso deve-se essencialmente ao ordenamento cinegético
das áreas
de caça, onde a protecção ou introdução de
fauna como a perdiz vermelha, a lebre,
o coelho bravo, o veado, etc, permitiu aumentar os recursos alimentares
da fauna não cinegética.
É preciso, pois, mudar
mentalidades.
Primeiro, para que os caçadores, deixem
de matar tudo, para passarem a caçar o
permitido por lei e tendo sempre como referência o justo equilíbrio
com a Natureza.
Em segundo lugar, para que os não caçadores passem a olhar de
outra forma os caçadores,
pois sem eles ,sem a sua colaboração, o espaço ambiental
terá muito a perder.
Por isso é que esta Academia se constituiu,
com o objectivo de congregar esforços
de todos aqueles que de uma forma sã e não sectária, procurem
promover, proteger
e enquadrar acções, e intervenções que permitam
legar aos nossos filhos,
aos nossos netos, um espaço onde regradamente se possa expressar o acto
venatório ou
onde se possa conhecer, no seu habitat natural, uma fauna que , sem a colaboração
de todos, no futuro só poderá ser vista em jardins zoológicos
ou em museus.